quarta-feira, 9 de outubro de 2019

Memórias de Alfabetização

PARA ALÉM DO BRINCAR DE ESCOLINHA


Eu nunca tive experiência com creche, o meu primeiro contato com a educação foi aos 4 anos quando fui ingressa na pré-escola. Ela era Escola Ativa, uma escola do campo, eu estive nela até o quinto ano. A sala onde estudava não era apenas a minha série, pois essa escola tem o modelo das salas multisseriadas.

Além das cantigas e brincadeiras a professora também passava pequenas atividades para aprender as cores, números e a princípio as vogais, no decorrer do nosso desenvolvimento ela aumentava a problematização da atividade e a também nos ensinar as consoantes.
Aos 5 anos no segundo pré, ainda as mesmas atividades sendo reforçadas mas com um grau maior de dificuldade pelo que eu lembro.
Nas férias, uma prima que devia ter 9 ou 10 anos, ficou em minha casa e nesse período ela me ensinou a ler realmente, pois até então eu apenas sabia o alfabeto. Todos os dias e o tempo todo era dedicado a minha aprendizagem da leitura e escrita no quintal, perto da goiabeira e dos coqueiros.
O material que ela utilizou para me alfabetizar foi um livro didático que continha pequenos textos e poesias. Recordo do primeiro texto que eu li bem “A Dona Aranha”.
O processo completo tanto minha prima quanto eu não recordamos bem, mas ambas levamos a sério aquilo, não tratávamos como “brincar de escolinha”; ela estava ali para ensinar e eu para a prender, mas tudo muito leve, afinal eramos crianças. O método de alfabetização qual ela utilizou foi o silábico. Segundo minha prima, eu aprendi muito rápido e ela não teve dificuldade alguma em me ensinar. 
Creio que foi o método silábico porque ele consiste em apresentação de sílabas prontas, aquela famosa junção da consoante e da vogal, para emitir o som da consoante ela precisa da vogal, enfim; apesar de outros métodos como o sociolinguístico e o fônico serem os mais debatidos hoje sobre suas eficácias, vejo que o silábico foi eficaz para mim, particularmente pois em pouquíssimo tempo já sabia ler.
Eu lembro vagamente das atividades. O livro qual ela usava tinha muitas figuras, principalmente de animais e crianças brincando. Sempre adorei a leitura, e a alfabetização foi a fase em que eu me entreguei aos gibis completamente, os que eu adorava ler eram do Chico Bento e da Turma da Mônica, eu poderia reler várias vezes no dia e não me cansava. Eu lia no recreio (claro, quando não estavam brincando das melhores brincadeiras). Nas séries seguintes eu comecei a ler livos de poemas, poesias, folclores e histórias de terror para a crianças.

O meu favorito naquela época

A leitura até mais que a escrita era atrativa pra mim; e o processo de alfabetização foi um dos processos de aprendizagem mais importantes para mim; os meus pais ficaram orgulhosos, mas para quem aprende a alegria é imensamente maior.

4 comentários:

  1. Na sua narrativa de alfabetização, falta você articular com as teorias que Rosângela trabalhou na disciplina. Um exemplo: quando você fala do método silábico, explique a fundamentação do mesmo com suas palavras.
    Traga link dos seus colegas.

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  2. otimá narrativa, e me surpreende você ter vivenciado experiencias que já discutimos em sala de aula, como a ESCOLA ATVIA, adorei seu memorial, parabens!!!!

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  3. Belo memorial Andreila, as suas narrativas são fascinantes. Parabéns!

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  4. A Escola Ativa é top haha. Muito obrigada por lerem sobre o universo da pequena AN-DREI-LA. kkkk amo vocês.

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